Com o advento da Web
2.0 estamos diante de um número crescente de ferramentas e recursos ao
alcance das pessoas. As chamadas mídias sociais, com diversos formatos,
como por exemplo, blogs, wiks, podcasts, mashups, transformaram a internet em
uma “plataforma de utilização”. Esse conceito de Web como plataforma se refere
à capacidade dos softwares rodarem no próprio computador. Outras
características como a simplicidade e facilidade de uso, criação de sites e espaços
para trocas de experiências e comunicação (redes sociais), e a possibilidade de
autonomia do usuário no controle do conteúdo, ou seja, sua flexibilidade,
constituem umas das principais características da web 2.0 (COSTA e MARINS a, s/d). (Mas o que é web 2.0? Clique aqui para saber mais)
Como aproveitar então
todo esse conhecimento disponibilizado gratuitamente na rede e utilizá-lo em
benefício da Educação? De acordo com Vânia Marins e Rosa Costa, “a apropriação
das ferramentas e serviços da Web 2.0, com base em uma teoria pedagógica é um
processo que envolve estudo e criatividade por parte dos professores” (Idem, p. 4) .
Assita a reportagem e veja algumas medidas simples,
adotadas por professores e alunos, mas que deram certo.
Um dos temas que
discutiremos hoje é a possibilidade de utilização de representações visuais em Ambientes
Virtuais de Aprendizagem. A utilização de gráficos, fluxogramas, mapas
conceituais e até mesmo a organização e a disposição das informações nos AVAs
podem contribuir de forma significativa para o aprendizado de alunos em cursos
de Educação a Distância, ou na Educação Presencial, quando da utilização de
recursos tecnológicos em sala de aula.
Fonte: http://www.essaseoutras.com.br/wp-content/uploads/2011/08/pinturas-rupestres-21.jpg
Talvez as pinturas rupestres tenham sido umas das primeiras representações visuais feitas pelos seres humanos. Com esses desenhos nossos ancestrais podiam expressar seus desejos, elaborar estratégias de caça e até mesmo pedir sorte na busca do seu alimento.
Segundo Freitas et al.
(2001, apud COSTA e MARINS b) “visualização de informação é uma área de aplicação
de técnicas de computação gráfica interativas, que objetivam auxiliar a análise
e a compreensão de um conjunto de dados. Uma técnica de visualização é baseada
numa representação visual, cujo nível de abstração é alto, pois não há relação
direta entre os dados e uma entidade física ou geométrica; ou o usuário não
está interessado em dados brutos, mas em observar características ou padrões no
conjunto de dados”. Uma das técnicas de representação visual muito utilizada na educação e que ganhou mais dinamicidade e interatividade com na Web foram os mapas conceituais criados por Joseph Novak. Veja a seguir um modelo de mapa conceitual:
Fonte: http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=74558&chapterid=19334
Existem vários aplicativos e programas que auxiliam na construção de mapas conceituais. Destacamos por exemplo: http://cmap.ihmc.us/. Os mapas mentais também são possíveis de serem construídos através de ferramentas da Web, veja http://www.pearltrees.com. Abaixo slogan Pearltrees:
Fonte: http://www.wphotoblog.com/myblog/wp-content/uploads/2011/05/PearlTree.jpg
Essas representações quando realizadas no computador com
uso das tecnologias e ferramentas da Web 2.0 podem adquirir interatividade e
tanto permite quanto força o usuário a explorar sua capacidade de percepção,
permitindo a interpretação e a compreensão das informações apresentadas (COSTA e MARINS b).
“A visualização da informação combina, portanto, aspectos de computação gráfica,
Interfaces Humano-Computador, cartografia e mineração de dados (data mining), para
permitir ao usuário utilizar sua percepção para analisar e compreender as
informações. Os contornos deste tipo de projeto assumem também princípios da
criação artística, sendo importante que a resultante seja agradável, elegante e
atraente aos olhos” (Idem, p. 5).
Um bom exemplo de um site que utiliza representações visuais com finalidade educativa é http://www.johnkyrk.com/index.pt.html. O site apresenta inúmeras animações em biologia celular que permitem ao aluno observar diversos processos e transformações sofridas pelas células do nosso corpo em movimento.
Outro exemplo interessante são as linhas do tempo interativas. Permitem uma visualização dinâmica de acontecimentos organizados de forma temporal, mas fugindo daquele padrão estático e linear tradicional. A empresa google fornece uma linha do tempo interativa contanto sua história e que pode ser visualizada no seguinte link: http://onlinephd.org/evolution-of-google/. Existem ferramentas e sites que possibilitam a criação de linhas do tempo interativas pelo usuário, e que podem ser utilizadas tanto em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, quanto na Educação Presencial. O site http://www.dipity.com/ é um dos que disponibliza esse aplicativo que pode ser construído on line. A imagem abaixo é da página principal do Dipity.com e contem uma linha do tempo sobre a vida de Steve Jobs (1955-2011):
Esperamos ter contribuído um pouco com as discussões acerca da Web 2.0 na educação, ao apresentar algumas possibilidade de utilização de representações visuais em Ambientes
Virtuais de Aprendizagem. Em breve voltaremos com mais temas de interesse da Educação a Distância.
Leandro Matos
Aluno do curso de especialização PIGEAD-LANTE/UFF-2012
BIBLIOGRAFIA
COSTA, Rosa. M. E. M.; MARINS, Vania. Aula 4a. Ferramentas da Web 2.0 e as Comunidades de Prática. Disponível em: http://pigead.lanteuff.org/mod/resource/view.php?id=4539. Acessado em: 16 de junho de 2012.
__________. Aula 4b. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Disponível em: http://pigead.lanteuff.org/mod/resource/view.php?id=4540. Acessado em: 16 de junho de 2012.
